“A economia da educação torna-se refém da tecnologia da informação. De intensiva de trabalho, a escola passará a intensiva de capital” Peter Drucker - escritor, professor e consultor
Como noticiado no Estadão, a queda na comercialização de dispositivos e a transição no segmento de telecomunicações devem restringir o crescimento do mercado de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) em 2016. De acordo com a consultoria IDC Brasil, a expansão projetada para o ano de 2016 é de 2,6%, apoiada por internet das coisas (IoT), serviços em nuvem (Cloud), pagamentos móveis e big data, sinalizando um ritmo mais fraco que a estimativa de cerca de 5% para 2015. Notícias recentes sinalizam que a internet das coisas deve movimentar investimentos de US$7bi em 2020 no Brasil, impulsionados pela redução de custos exigida pela crise.
As vendas em 2016 devem ficar em torno de 40milhões de celulares, 6milhões de PCs e 5milhões de tablets, correspondentes a baixas anuais de cerca de 10%, 30% e 30%, respectivamente. Apesar da baixa no volume, as quedas em valor deverão ser menos acentuadas, uma vez que os consumidores estão preferindo comprar equipamentos mais avançados.
O mercado acionário brasileiro possui 7 companhias abertas do setor de Tecnologia da Informação, a saber: BRQ, Csu Cardsyst, Dtcom-Direct, Linx, Senior Sol, Totvs e Valid. Do total das receitas líquidas em 2015 destas companhias, 71% vieram de: Totvs com 38% e Valid com 33%.
De 2014 para 2015, as 5 companhias do Setor de TI tiveram um crescimento de receita de 14,5%, queda de 2,5% na geração de caixa medida pelo EBITDA, redução de 7,8% nos resultados líquidos, aumento forte de 99% no endividamento líquido, mas aliviado pela relação entre dívida líquida e EBITDA (de 2,5 vezes em 2015), além de queda de 4,6ppt na taxa de retorno para o acionista (ROE), que em 2015 ficou em quase 13% no agregado. A tabela seguinte apresenta os grandes números do setor na comparação dos totais dos últimos dois anos das 7 empresas mencionadas.
Comentários Finais:Segundo a consultoria IDC, diante da crise econômica nacional, os setores de TI das empresas sofrerão uma pressão crescente de áreas de negócios, uma vez que essa será uma das grandes soluções para aumento de eficiência e diferenciação competitiva: "As empresas perceberam que só reduzir o custo não funciona, porque volta em dobro no futuro. A busca hoje é por eficiência e diferenciação ao modificar processos", afirma um consultor da IDC.
O mercado de TIC deve crescer apoiado em internet das coisas, serviços em nuvem (Cloud) e pagamentos móveis. Espera-se que em 2016, mais de 30% de todas as operações financeiras serão feitas a partir de pagamentos móveis, o que inclui aplicativos de celular para serviços bancários, de transporte e compra de presentes, por exemplo. Para efeito de comparação, essa fatia chegava a 10% em 2014 e atingia cerca de 2% em 2012.
O movimento em pagamentos móveis deve ser direcionado por um aumento da população bancarizada no País, ou seja, pessoas que possuem contas em bancos, ao mesmo tempo em que a oferta de internet 4G cresce no Brasil e os celulares em operação apresentam capacidade maior de programar esses processos.
A SABE Consultores tem o propósito de compartilhar informações úteis e atualizadas sobre as empresas brasileiras. Manteremos você atualizado, como de costume, com novas informações extraídas do nosso Banco de Dados SABE.
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Luiz Guilherme Dias é Sócio-Diretor da SABE Consultores, Consultor de Empresas e Conselheiro Certificado.