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Estagflação veio para ficar?
27/06/2022“Quanto mais rápido a economia afundar, melhor”
Luiz Parreiras, sócio e gestor da Verde Asset Management
Estagflação veio para ficar?
Com o cenário atual em todo o mundo fica difícil, para não dizer impossível, avaliar a duração da estagflação. A preocupação com a desaceleração econômica já vinha crescendo desde que os principais bancos centrais, no começo de 2022, deram os primeiros sinais de um aperto monetário mais rigoroso, com aumento nas taxas de juros e cortes em programas de aumento de liquidez. Com o passar do tempo, o temor de uma desaceleração econômica deu espaço para uma situação mais complicada: uma recessão econômica global.
O
aumento da inflação vem sendo ocasionado pelas consequências de políticas
econômicas da Covid-19, amplificados pela guerra entre Rússia e Ucrânia que inflou ainda
mais as pressões inflacionárias, principalmente via produtos alimentícios e
energia. Com uma elevação elevada e coletiva em todo o mundo, surge o risco de
uma estagflação, ou seja, um crescimento de baixo ritmo associado à uma
elevação da inflação. O Banco Mundial chegou a mencionar esse possível cenário
em um relatório no mês de junho, quando alertou também para um possível cenário
de recessão econômica.
Por outro lado, Luiz Parreiras, sócio e gestor da Verde, afirmou em um seminário que “Quanto mais rápido a economia afundar, melhor”. A afirmação foi feita sob contexto dos efeitos da alta de juros na economia. Apesar de a taxa Selic estar em 13,25%, a economia ainda não dá sinais de uma desaceleração que permita o BC encerrar o ciclo de aperto monetário.
Na visão de Parreiras, a economia brasileira está demorando para ceder porque o governo continua injetando dinheiro de forma impensada, o que retroalimenta a inflação. A percepção do especialista é que o BC luta sozinho contra o aumento de preços.
Para o Brasil, o momento econômico é um pouco menos turbulento quanto ao cenário global. Devido ao BC ter elevado a taxa de juro relativamente “cedo” a inflação alta aparenta estar com os dias contados. Ao que tudo indica, o Brasil não corre risco de uma recessão econômica, porém uma recessão econômica global atrapalha e muito a recuperação econômica do país.
Resumo da Semana
Na semana encerrada em 24/Jun, o Ibovespa caiu
1,15%, fechando aos 98.672 pontos.
Em 2022, o índice cai 5,9%, bem abaixo da renda fixa com alta de 5,21%, medida pelo CDI.
Nos EUA, depois que o índice de preços ao consumidor (CPI) do mês de maio foi divulgado e as expectativas de inflação de longo prazo cresceram, o desenho pela recessão começou a ganhar mais contorno.
Aqui, o BC confirmou a mensagem mais “hawkish”, elevando o juro neutro para 4% e admitindo uma taxa Selic mais alta, além da intenção de estender o aperto por mais tempo.
O Ibovespa está nos 98 mil pontos e o dólar testou os R$ 5,23, com as especulações que não param de estourar em Brasília de pressão nas contas públicas, com vistas do governo à campanha de reeleição.
Na B3 o volume financeiro faz tempo que não volta para a marca dos R$ 30 bilhões. Na semana passada, novamente abaixo da média, o giro se limitou na faixa de R$ 24 bilhões.
O momento atual da COVID-19
Novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, consolidados às 20h de domingo (26 de junho). Fonte: G1. Saiba mais...
Notícias relevantes
No link abaixo você pode acessar uma compilação de notícias consideradas destaques relevantes por nosso time, visando auxiliar o nosso estimado leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.
Segue o link para download do Relatório “A Bolsa na semana”: https://bit.ly/3QOtOOC
Desempenho do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 24 de junho registrando 98.672 pontos, equivalente a menos 32.104 pontos (- 24,5% em moeda local) abaixo da marca recorde de 130.776 pontos registrada no fechamento do pregão de 7/06/2021. Neste ano de 2022 o Ibovespa está caindo 5,9%.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em ALTA, mesmo com a elevada volatilidade e incerteza do momento, tanto no plano econômico quanto no cenário político. No curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência do principal índice da bolsa se reverteu para QUEDA.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos, pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de incerteza com a Covid-19, no longo prazo, a variação dos quatro índices, à exceção do ISE, supera DE LONGE a renda fixa, com variação positiva de mais de 49%, contra 33% do CDI. Com a Selic agora a 13,25% aa, a renda fixa volta ao radar dos investidores de curto prazo, mas a renda variável ainda continua sendo a protagonista do mercado de longo prazo, como sempre enfatizamos neste blog.
Perceba, estimado leitor, que o índice que teve o melhor desempenho no longo prazo foi o IDIV,com alta de 94%. Perceba também que o IDIV é o que tem o melhor desempenho em 2022, com queda de 2,3%.
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico.
Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico
abaixo e perceba as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades
do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
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Luiz Guilherme
Dias
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